Se tem algo que podemos afirmar com certeza é que o tempo passa, para todos nós. Sem fazer distinção de cor ou nacionalidade, ele é impiedoso e não está disposto a esperar que você tome a decisão de acompanhá-lo. Ouviu este som? É o tempo te deixando para trás. Não importa se você quer que ele caminhe mais rápido porque os arredores lhe parecem desagradáveis ou ameaçadores. Tampouco faz diferença você pedir que ele se demore para apreciar a paisagem ao redor. O tempo passa. No ritmo dele.
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O tique-taque do relógio, monótono e constante, pode ser uma benção ou uma maldição. Foto por Andrik Langfield em Unsplash. |
Por muitas vezes, eu senti como se o tempo me torturasse — propositalmente dando passos lentos e pequenos, levando ao extremo uma situação na qual eu não mais suportava estar. Eu lutei. Aprendi que nem sempre desistir implica em fracasso e que o momento em que você se deixa estar mais vulnerável é precisamente aquele no qual você está mostrando verdadeiramente sua força. Agora, o tempo está me recompensando pelo correr das lágrimas que ele prolongou, pela dor que ele sustentou e pelo sofrimento decorrente dos testes cruéis aos quais ele me submeteu.
O tempo está me dando tempo para olhar ao redor. Ele está permitindo que eu perceba o quanto de mim eu ainda guardo a sete chaves com medo do mundo, dizendo sem qualquer palava que está na hora de sair do casulo e — tal qual uma libélula — aproveitar ao máximo a felicidade borbulhante de uma existência efêmera, porém plena. É hora de me literalizar, nas mais diversas interpretações possíveis.
Estive pensando no quanto eu mudei, nos mais diversos sentidos. Desde coisas simples, como o meu gosto para decoração — aquela sobriedade dos móveis em branco e preto foram trocados subitamente pela leveza e alegria dos tons pastéis, do azul "cor-do-ceú" e do rosa "cor-do-amor" — até mudanças mais profundas na minha forma de ver, sentir e perceber o mundo.
O blog, sendo uma parte intrínseca de mim, também passará por um período de mudanças. A verdade é que muito tempo se passou e eu não sou mais a pessoa que eu era quando comecei o Paraíso da Leitura. Eu aprendi tanto, vivi tanto, e nunca senti liberdade de compartilhar aqui tudo que venho cultivando dentro do meu ser... Não é meio irônico — e triste — que o projeto mais importante da minha vida tenha tão pouco de mim mesma?
Eu espero que você, leitor, compreenda. E mais, que me apoie. Que literalize-se.
Ufa! Ainda estão por aí? O que acharam de todas as mudanças que aconteceram no blog? Já passaram por esse momentos em que tudo precisa se renovar? Me contem nos comentários!
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VOA, LIBELINHA
VOA! 🙘