Eu sou a louca das maratonas literárias, não tenho como negar: vejo um desafio e já começo a montar mentalmente a lista de livros a serem lidos, sem sequer parar para pensar se tenho tempo entre minhas tarefas. Foi mais ou menos assim que cai de pára-quedas na #Maratona24hNoSleep: criada pela Tamirez, do Resenhando Sonhos, a proposta é tentar não dormir e ler mais do que leríamos normalmente (confiram o vídeo explicativo). O desafio dessa edição da maratona era ler quadrinhos e, para isso, decidi finalmente fazer algo que queria há tempos: ler todos os mangás de Kingdom Hearts em sequência - e falar um pouco aqui no blog dessa franquia que é tão importante pra mim!
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Uma pequena coleção que significa muito |
Primeiro de tudo: não julguem o game pelo fato dos personagens da Disney ocuparem um lugar de destaque. A genialidade de Kingdom Hearts é justamente reunir em um só lugar a nostalgia dos nossos filmes preferidos da infância com os enredos épicos, melodramáticos e um tanto quanto violentos típicos de Final Fantasy - e o resultado é simplesmente... incrível. Pode parecer um tanto quanto pretensioso dizer que é o melhor jogo já feito mas é assim que parece para mim: Kingdom Hearts marcou minha infância, minha adolescência e minha vida. Desde 2002 eu acompanho a jornada de Sora - e ela vai muito além de uma luta da luz contra as trevas: é sobre amizade e equilíbrio, pois não existe luz sem sombras.
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Melhor presente do melhor namorado artista |
Não se deixe enganar pela aparência infantil do jogo! Sei que já disse isso, mas acho importante frisar que, por baixo das situações cômicas e visitas a mundos da Disney, temos um enredo (muito) complexo e - por que não? - sombrio. As trevas se infiltraram no universo, separando os mundos e contaminando os corações, sobrando alguma pureza apenas nas crianças... como Sora. O garoto vive em um arquipélago chamado Destiny Island e, junto com seus amigos Kairi e Riku, sonha em sair daquela pequena e monótona ilha para conhecer novas pessoas e mundo. Não imaginava que seria da forma como aconteceu, porém: certa noite, uma tempestade anormal assolou seu lar, levando tudo e todos os que conhecia para a escuridão. Ele acorda em uma cidade desconhecida, portando uma arma intrigante e sem ideia de onde estão seus amigos - Sora não sabe ainda, mas ele é a chave que conecta tudo.
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Kingdom Hearts I - volumes 1 e 2 |
Porém, mesmo tendo essa dificuldade com a descaracterização da franquia em alguns dos volumes, creio que o saldo da #Maratona24hNoSleep foi relativamente bom - poderia ter sido melhor se eu não tivesse dormido, admito. Eu li 11 dos 21 volumes que compõe os mangás já publicados: quatro de Kingdom Hearts I (o terceiro e quarto volumes eu não possuo, tive que procurar na internet x.x), dois de KH: Chain of Memories e cinco de KH: 358/2 (meus preferidos, por sinal!). Como o tempo já estava quase no fim, decidi por não iniciar a leitura dos mangás de Kingdom Hearts II - surgirá outra oportunidade de dedicar um dia inteiro à essa história novamente e espero que até lá eu tenha completado a minha coleção!
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Kingdom Hearts I.5 e II.5 - remasterizações para Playstation 3 |
Como eu já falei demais e vocês já devem estar cansados de me ver idolatrando a franquia, queria terminar a postagem contando algumas curiosidades sobre a minha relação com Kingdom Hearts:
- Eu tinha apenas cinco anos quando o primeiro jogo foi lançado - obviamente, eu não sabia nada de ingês e não tinha nem ideia do que estava acontecendo... Devo admitir que boa parte da minha motivação para me dedicar na aprendizagem a língua foi entender a história do Sora...
- ... que, por sinal, foi meu primeiro amor platônico. SIM, EU TINHA UM CRUSH NELE. E morria de ciúme da Kairi porque ele gostava dela.
- Certa vez, implorei para que minha mãe fizesse desenhos do Sora para que eu pudesse colorir. Lembro até hoje da minúcia com que eu fazia cada sombra e detalhe da roupa: os desenhos estavam sempre comigo, dobrados no bolso ou dentro de algum livro. As folha ficaram amareladas e sujas, rasgando no centro onde as folhas ficaram mais frágeis de tanto serem manuseadas.
- Já escrevi um livro de Kingdom Hearts. Sério. Ia jogando e transcrevendo as coisas que aconteciam para um document do Word, sendo que a única modificação era uma personagem extra - acho desnecessário mencionar quem era.
- Perdi a conta das vezes em que chorei jogando Kingdom Hearts. Até porque também perdi a conta de quantas vezes joguei.
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I've been having these weird thoughts lately... like, is any of this for real, or not? |
Ufa! Ainda estão aí? Se sim, me contem nos comentários se algum jogo marcou a vida de vocês! Até a próxima ♡
VOA, LIBELINHA
VOA 🙘