Em 2019 eu fui relativamente bem sucedida no propósito de não comprar livros além dos que eu precisava para completar séries já iniciadas. Como um dos projetos de 2020 eu decidi, depois de criar coragem para contar quantos livros não lidos eu tenho e me chocar com a resposta, me comprometer a limitar ainda mais as aquisições literárias. TALVEZ eu tenha comprado alguns livros em janeiro (oi, DarkSide Books, oi, Editora Wish, vocês não estão facilitando pro meu lado aqui). De qualquer forma, a ideia aqui não é expor minha incapacidade de resistir aos lançamentos das minhas editoras favoritas, mas sim compartilhar com vocês algumas dicas que eu aprendi ao longo do tempo para economizar dinheiro ao comprar livros ⎼ afinal, se fosse de outra forma, eu já estaria falida.
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Foto por Jaredd Craig em Unsplash |
DICA #1: Estude a sua estante
Passe um tempo olhando a sua própria estante. Livro por livro, tente lembrar de quando você os leu, de como foi a experiência e o que aquela obra te fez sentir. Preste atenção na recorrência com que você encontra livros há muito encalhados na estante: reflita se você ainda tem vontade de ler cada um deles ou se a compra foi uma decisão impulsiva. A ideia desse exercício é criar conhecimento pessoal acerca do tipo de leitura que funciona ou não para você, além de proporcionar um refresco necessário para a memória ⎼ afinal, por vezes consumimos de forma tão displicente, nos deixando levar por promoções ou propagandas, que até esquecemos daquilo que de fato temos. No meu caso, o que eu percebo é: os romances empacam, os suspenses nem sempre atraem minha boa vontade, enquanto não há fantasia que escape da minha lista de leitura ⎼ assim, já sei que não vale a pena comprar algo de um gênero literário que provavelmente não será lido tão logo.
DICA #2: Elabore uma lista
Existe uma diferença grande entre algo que você deseja comprar e algo que você precisa comprar: essa é a premissa básica quando se trata de evitar gastos desnecessários pesando no saldo bancário. Quando se trata de investir em entretenimento, não é diferente. Depois de estudar a sua estante, faça uma lista com níveis de prioridade de aquisição. Ou seja, comece por anotar os livros que faltam para completar séries na sua estante. Depois, caso você tenha um autor ou uma editora muito queridos no seu coração, anote os livros que faltam para sua coleção ⎼ lembrando de controlar os impulsos maníacos. No mundo ideal, a lista terminaria por aqui. Mas, se quiser, você também pode anotar aqueles livros que você viu aqui no blog hihi e ficou com vontade de ler (contanto que os mantenha no nível de prioridade apropriado).
DICA #3: Pense em um orçamento mensal
Se você está lendo essa postagem, independente de qual forma tenha chegado aqui, eu me sinto relativamente confortável em assumir que a) você gosta de ler, e b) você provavelmente já gastou mais comprando livros do que se orgulha. Acredite, eu te entendo. E, justamente por isso, sei que nem eu nem você vamos conseguir nos impedir de fazer aquela compra inocente aqui e ali. Pensando nisso, reflita sobre a possibilidade de estabelecer um valor máximo para o investimento mensal em livros para manter o orçamento relativamente sob controle. Como você fará isso é algo um tanto quanto pessoal, depende de qual a importância da literatura no seu cotidiano e das respostas que obteve das dicas anteriores. Para exemplificar: na minha lista de prioridades de aquisição constam apenas os livros que eu preciso para completar as séries e uma outra série que quero ler o mais logo possível, porém estabeleci que meu limite de gastos com livros é de cinquenta reais. Alguns dos volumes que eu preciso custam mais do que isso, então espero até que o dinheiro se acumule para adquiri-los.
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Foto por chuttersnap em Unsplash |
DICA #4: Acompanhe as variações de preço
É muito importante que você fique atento à flutuação de preço dos seus livros desejados para não ser pego em promoções de fachada ⎼ o que nós, infelizmente, sabemos ser bem comum no nosso país. Existem diversas ferramentas que são nossas melhores amigas no momento de monitorar os preços em determinado período: para comparar os preços, recomendo tanto o Zoom quanto o Buscapé, que são as plataformas que eu conheço e uso há um bom tempo. Mas atenção: embora as plataformas em si sejam confiáveis, é crucial também conferir a confiabilidade das lojas cujas ofertas constam nas pesquisas ⎼ às vezes, o barato sai caro. Para isso, eu sempre jogo o nome da loja no Reclame Aqui, porque não tem nada que te faça conhecer melhor uma empresa do que a forma como ela lida (ou não) com críticas e reclamações.
DICA #5: Utilize cupons de desconto
Vocês se lembram da postagem que eu fiz com dicas para universitários economizarem grana? Uma das minhas recomendações foi fazer compras on-line, uma vez que o custo de manutenção não pesa tanto no preço repassado ao consumidor em comparação às lojas físicas. Além disso, as lojas virtuais contam com a vantajosa possibilidade do uso de cupons de desconto: ainda hoje, utilizo o site Cupom Válido para encontrar ofertas interessantes nos livros da minha lista de desejados. São muitas as lojas disponíveis na plataforma, mas as que eu mais uso são a Amazon, Livraria Cultura, Saraiva e Submarino.
DICA #6: Participe de programas de reembolso
Você já acompanhou os preços, escolheu uma loja confiável para comprar seu livro e lembrou de aplicar o seu cupom de desconto no carrinho ⎼ agora é só finalizar a compra, certo? Bem, se você quiser sim. Mas se o objetivo for economizar ao máximo você também tem inúmeras opções de programas de reembolso que podem ser uma mão na roda especialmente naquelas compras mais salgadas. Já usei o Méliuz e tive uma boa experiência, mas conheço também o Ame e o PicPay como alternativas. Vale a pena passar um tempo lendo as condições e os termos de cada um desse serviços para saber qual deles se encaixa melhor com o que você espera das suas compras. Por exemplo: o Méliuz possui uma extensão para o navegador que te avisa quando você está em uma loja parceira do programa, enquanto o Ame envolve o uso de um cartão de crédito específico para as compras e o PicPay permite acúmulo de saldo no aplicativo para uso em transações futuras.
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Foto por 🇸🇮 Janko Ferlič em Unsplash |
DICA #7: Consumo consciente e sustentável
Livro comprado, unboxing feito, leitura realizada... e agora? O fato é que, cedo ou tarde, você terá mais livros do que a sua estante comporta (eu que o diga) e, por mais que tenhamos sido cautelosos na aquisição de cada volume, acontece de algumas obras não serem tudo aquilo que esperávamos a princípio. É sempre válido trocar livros que você não gostou ou que não deseja reler a longo prazo, afinal, por que manter algo que não faz real diferente na sua coleção? Nunca se sabe, talvez outro leitor vai encontrar naquela obra o que ele sempre procurou. Além de redes como o Skoob, que oferece uma plataforma para trocas informais entre os usuários ou pelo sistema PLUS, existem inúmeros grupos (tanto de Facebook quanto de WhatsApp) que fazem esse tipo de permuta.
Ufa! Ainda estão por aí? Vocês já aplicavam alguma das dicas listadas? Têm algum macete que não apareceu nessa lista? Me conta nos comentários!
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