Há poucos dias, conversei com uma pessoa sobre alianças de compromisso. Foi curioso perceber que nossas preferências divergiam quase tanto quanto nossa definição de amar. Não me levem a mal, mas romance está longe de ser um dos meus gêneros literários favoritos. Para ser sincera, na maior parte do tempo não entra sequer no rol de leituras que eu aprecio. Mas a carne é fraca e até eu, senhorita Gislaine Coração-de-Pedra, me encanto vez por outra com alguma história de amor. Pensei que poderia ser divertido escolher alianças que combinassem perfeitamente com o amor de cada um dos meus casais literários favoritos... e, bem, talvez agora eu esteja me sentindo um pouco manteiga derretida
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A aliança de compromisso é um sinal de afeto e de companheirismo. Foto: Brooke Cagle. |
Hazel e Gus ("A culpa é das estrelas", de John Green)
Até hoje me lembro com clareza do dia em que li o romance de John Green. Eu não conhecia o autor, nem sabia da febre de infinitos maiores do que outros – e talvez por isso eu tenha sido tão profundamente tocada. Em uma mesma noite, virei a primeira e a última página do livro. Chorei, como nunca tinha chorado antes por uma leitura. Inclusive, chorei tanto que no dia seguinte meus olhos estavam tão terrivelmente inchados que as pessoas se preocuparam. Não tive coragem de reler. Ainda hoje não tenho, porque não quero correr o risco de estragar essa memória que guardo comigo. A adaptação, por outro lado, eu já vi diversas vezes. E sempre acabo em lágrimas. Por ser um amor tão profundo em sua efemeridade, imagino que Hazel e Gus usariam uma aliança que fosse discreta, simples... e bela em sua delicadeza.
Carys e Max ("Entre as estrelas", de Katie Khan)
Em apoio ao movimento de normalizar a recomendação de livros que você amou, mas já não lembra de nada, acredito que Carys e Max merecem um lugar na minha lista de casais literários favoritos. Só sei que tem algo a ver com o espaço e que o amor me pareceu... real. Não é um casal que se apaixona à primeira vista, não superam qualquer desafio com o "poder do amor verdadeiro" e tampouco são seres humanos aparentemente perfeitos. Eles brigam por motivos que muitas vezes não fazem sentido. Ficam sem se falar porque o ego está ferido. Quando se resolvem, é na base do diálogo sincero (e, por vezes, um tanto exaltado). É um amor com o qual você consegue se identificar, sabe? Por isso escolhi uma aliança sólida e firme – algo que não funcionaria para qualquer casal, mas que para eles é justamente o que deveria ser.
Dora e Luka ("Cada dia, cada hora", de Nataša Dragnic)
Sabe aquela leitura que você inicia sem expectativa alguma? Foi assim com essa obra. Ganhei o livro em um sorteio e nada nele me atraiu: achei a capa um tanto sem graça e tive um pouco de preguiça da premissa (mas a minha relação com romances é tema para outra postagem). Comecei a ler por falta de opção em um dado momento e... bom, assim como Dora e Luka, eu já não conseguia me afastar daquele amor. É outro romance que me passou a sensação de ser verdadeiro, embora de uma forma um tanto mais poética e nostálgica do que os conflitos explosivos de Carys e Max. Se Dora e Luka usassem uma aliança, seria um modelo delicado e romântico – um amor para toda a vida. E além.
Elio e Oliver ("Me chame pelo seu nome", de André Aciman)
Eu não leio livros do momento. E, juro, não é por causa daquela modinha de odiar modinhas que condenou em uma mesma onda Justin Bieber e Crepúsculo. Sei que já expliquei isso algumas vezes em postagens do blog, mas nunca é demais: não sei controlar minhas expectativas – e, como era de se esperar, acabo me decepcionando. Quando o romance de André Aciman estourou, eu me afastei completamente das discussões tanto sobre o livro quanto sobre a adaptação. Fui pega completamente de surpresa pela escrita e pela narrativa... mais ainda, pelo romance que desabrochou bem diante dos meus olhos. Apesar de tudo, Elio e Oliver não são um grande exemplo de comunicação e constância: combina com eles uma aliança que parece dividida entre a leveza e a determinação, uma linha entre rupturas e conexões.
Rose e Dimitri ("Academia de Vampiros", de Richelle Mead)
Olha, antes de mais nada eu quero já deixar claro que li essa série há anos. Mesmo que eu tenha lido e relido diversas vezes, tenho clareza de poucas cenas específicas em si – lembro mais do contexto geral e de quão apaixonada eu era tanto pela Rose quanto pelo Dimitri (como eu ignorei tantos sinais?!). Enfim. Não sei se nos dias de hoje eu aprovaria o casal, não sei se a construção do romance pode ser problemática, mas achei que mereciam ser mencionados na minha lista pela nostalgia boa que "Academia de Vampiros" provoca em mim. Como bons guerreiros linha dura, acredito que meus dhampir preferidos usariam uma aliança com uma aparência mais forte e intensa – algo que mostrasse para o mundo que o amor deles não é uma fraqueza, mas só mais um motivo para descer a porrada em quem tentasse separá-los.
BÔNUS: Kell e Lila ("Um tom mais escuro de magia", de V. E. Schwab)
EU SEI QUE ELES AINDA NÃO SÃO UM CASAL. Mas a palavra chave aqui é "ainda". Eu acredito, do fundo meu ser, que esse romance vai acontecer. Enfim, a aliança de Kell e Lila seria forte, bela e impactante... assim como o amor deles. Eu espero?
Ufa! Ainda estão por aí? O que acharam das minhas escolhas de alianças? Vocês também gostam desses casais literários? Me contem nos comentários!
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