Sabe aquelas pessoas que usam anéis em todos os dedos, brincos em cada espaço disponível da orelha e tantas pulseiras que o braço deve dobrar de peso? Eu queria ser esse tipo de pessoa. Acho lindo mas não consigo, juro! Quando eu tento, preciso me controlar pra não arrancar aquele tanto de coisa de mim e jogar no meio da rua. Só existe um tipo de acessório que eu dou conta de usar e que, justamente por isso, não abro mão: colares. E, ainda assim, sou cheia de seletividades: tem que ser algo discreto, mas com significado, e de materiais específicos que não irritem a minha pele. Como estou com tempo de sobra (risos de nervoso), decidi procrastinar procurar por pingentes que combinassem com alguns livros que eu gosto.
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Foto: Vanesa conunaese |
- Embora eu ainda não tenha tido a oportunidade de ler A Guardiã de Histórias, Victoria Schwab é uma das minhas autoras favoritas do momento. Sei muito pouco (para não dizer que não sei nada) sobre o enredo. Ainda assim, foi o primeiro livro que veio à cabeça quando me deparei com esse pingente de chave, super delicado e bonito. Afinal, ele combina perfeitamente com a capa linda dessa edição!
- Você disse... libélula?! Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que toda a identidade visual do Literalize-se (antigo Paraíso da Leitura, que nostalgia) foi radicalmente alterada depois que eu li A Menina Submersa, de Caitlin R. Kiernan – por coincidência, outra autora com um lugar mais que especial no meu coração. Essa obra se tornou um favorito absoluto e tudo que remeta à constante transformação das libélulas me lembra da intensidade marcante dessa história.
- Li Em algum lugar nas estrelas, da Clare Vanderpool, no final do ano passado. Eu não estava me sentindo assim tão bem na época e, talvez por isso, a aventura de Early e Jack pareceu de certa forma muito próxima dos meus próprios caminhos. Por muito tempo, a playlist do livro fez parte do meu dia-a-dia: Louis Armstrong às segundas, Frank Sinatra às quartas, Glenn Miller às sextas e Mozart para os domingos. Mas quando chove, é sempre Billie Holiday. A escolha de um pingente de nota musical surgiu como o match ideal para uma obra cuja trilha sonora exerceu papel tão relevante na própria experiência de leitura.
- É melhor falar ou morrer...? Vocês já devem ter percebido que eu aproveito toda e qualquer oportunidade de mencionar Me chame pelo seu nome, de André Aciman – e claro que dessa vez não seria diferente. Sou um pouco suspeita para dizer, mas essa foi uma das minhas combinações favoritas. É quase como se o pingente de bicicleta guardasse um segredo, compartilhado apenas por aqueles que sabem quão significativos foram todos os trajetos percorridos por Oliver e Elio, ao mesmo tempo tão próximos e tão distantes.
- Os filtros dos sonhos são amuletos típicos da cultura indígena que carregam a propriedade de purificar as energias do ambiente. Mas... eu preciso confessar uma coisa. Eu fiquei tão apaixonada por esse pingente de filtro dos sonhos que decidi que ele estaria na lista mesmo não tendo conseguido associar com nenhum livro. Só depois de navegar pelas minhas estantes do Skoob que eu percebi o match perfeito que eu tinha nas mãos: essa edição maravilhosa e ecologicamente consciente de Pocahontas, do financiamento coletivo da Editora Wish. Acho que tudo bem, né? Existem encontros na vida que surgem como meras coincidências felizes.
- O céu está em todo lugar, de Jandy Nelson, foi meu queridinho em meados de... 2012? 2014? Não tenho certeza, parece tanto tempo que eu poderia dizer que foi meu queridinho de outra vida, de outra existência mortal. O ponto é que, mesmo hoje em dia, eu ainda pego o livro para folhear de vez em quando. Não sei se tenho coragem de reler, porque não quero estragar o que esse livro foi para mim quando eu li pela primeira
(segunda, terceira e quarta vez, na época em que eu ainda tinha tempo para fazer releituras)vez. Quando vi esse pingente, com um coração oco e que não parece tão perfeitamente moldado como os outros... eu lembrei de Lennie. E de como o amor nem sempre parece certo ou ideal.
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VOA! 🙘